As 12 Etapas da Jornada do Herói

A Jornada do Herói ou o Monomito é um modelo de desenvolvimento de personagem e de estrutura narrativa estabelecidos pelo antropólogo Joseph Campbell. O conceito aparece pela primeira vez em seu livro “O Herói de Mil Faces”. Para o autor, os mitos clássicos e as histórias dos personagens religiosos seguem um padrão narrativo.


Influenciadas pela psicanálise Freudiana, pelas teorias de Arnold van Gennep e principalmente pelo psicólogo Carl Gustav Jung, as ideias de Campbell floresceram no campo das artes e principalmente no cinema. Roteiros de filmes como “Matrix”, “Guerra nas Estrelas” e diversos filmes da Disney foram desenvolvidos a partir dessas estruturas.

1. Mundo Comum

O herói está em seu mundo comum, o cotidiano. Aqui aprendemos sobre sua perspectiva de vida, desejos e personalidade. Esse é o momento em que o espectador sente empatia pelo herói.

2. O Chamado à Aventura


A aventura do herói começa quando ele recebe um chamado à ação, como uma ameaça direta à sua segurança, à sua família, ao seu modo de vida ou à paz da comunidade em que vive.

3. Recusa do Chamado

Embora o herói queira ou precise aceitar o chamado, ela ainda tem medo. Seria ele capaz de aceitar o desafio?

4. O Mentor

O herói encontra um mentor. Geralmente o mentor pode lhe dar um objeto, conselhos ou treinamento. Algo que lhe dê confiança para seguir.

5. Cruzando o limiar

Após o encontro com o mentor, o herói cruza o limiar entre o mundo comum e a jornada em si.

6. Testes, aliados, inimigos

Após cruzar o limiar é hora de testar as novas habilidades. O herói encontra os primeiros desafios, conhece os inimigos e conquista aliados.

7. A Caverna Secreta

Esse é o momento da pausa da jornada. Aqui, o herói descansa e reflete sobre a jornada. Um grande desafio está por vir.

8. A Provação

A provação geralmente é um teste que o herói precisa enfrentar para garantir a existência do mundo comum. Seja enfrentando seu maior medo ou o inimigo mais mortal, o herói deve usar todas as suas habilidades e experiências reunidas no caminho. Nesse momento o herói precisa passar por algum tipo de morte e renascer. Este é o ponto alto da história do herói e onde tudo o que ele preza é colocado em risco. Se ele falhar, ele morrerá ou viverá como ele sabe que nunca mais será o mesmo.

9. Recompensa

Após enfrentar os desafios o herói é recompensado, emergindo da batalha como uma pessoa mais forte e frequentemente com um prêmio. Embora tenha triunfado, ainda precisa se preparar para a última etapa de sua jornada.

10. A estrada de volta

O herói precisa voltar para casa com sua recompensa. É um momento de reflexão acerca da jornada.

11. Ressurreição

Este é o clímax em que o herói deve ter seu encontro final e mais perigoso com a morte. O inimigo que parecia derrotado ainda oferece perigo. Se o herói falhar tudo estará perdido.

12. Retorno com o Elixir

Após passar pela jornada, o herói jamais será o mesmo. Ele terá crescido como pessoa, aprendido muitas coisas, enfrentado muitos perigos terríveis e até a morte, mas agora espera o início de uma nova vida, até que apareça um novo chamado.

marciosoares

Márcio Heleno Soares é realizador de cinema, roteirista e produtor. Dirigiu os curtas Memórias de um Celular (2008), Lambari (2012), Não Há Gatos na Casa (2013), Azul Prussiano (2016). Foi produtor dos longas “O Cineasta” de Leandro Martins e “Planeta Escarlate” de Dellani Lima. Recebeu diversos prêmios incluindo o de melhor filme no Vivo Arte.Mov 2008 e Melhor Curta na Mostra Municípios do Goiânia Mostra Curtas. Seus trabalhos já foram exibidos em grandes festivais brasileiros como Festival do Rio, Tiradentes e Cine Ceará. Atualmente é diretor de produção da UNEC TV e um dos organizadores da Mostra Nacional de Cinema de Caratinga – Olhares do Interior. Em 2020 compôs o corpo de jurados do Festival de Cinema CINEFORTE da Paraíba.

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